Esta ligação, que fará Lisboa-Porto-Vigo, aponta-se agora para 2040, por estar em linha com a estratégia da RTE-T, onde se preveem conexões europeias via ferrovia, estradas e rotas marítimas. Este atraso de uma década, representa um “balde de água fria a nível político, social e até empresarial” refere o Faro de Vigo.
Todo este projeto visa “a coesão europeia, sem desigualdades entre o norte e sul, a concretizar até 2050” e engloba um orçamento de 244 mil milhões de euros.
No início de outubro de 2022 o Governo português apresentou o projeto de alta velocidade Lisboa-Porto-Vigo, que será implementado de forma faseada, prevendo-se a sua conclusão para 2030.
Contudo, o Faro de Vigo aponta que a comissão de Transportes europeia considera que o projeto não está suficientemente maturado para que sejam disponibilizados fundos. É assim referido que haja um atraso de 10 anos, apontando a conclusão para 2040.
A ligação ferroviária de alta velocidade entre Porto e Vigo não deverá seguir os planos apontados pelo Governo português, refere o jornal espanhol Faro de Vigo citando a comissária dos Transportes da Comissão Europeia, a romena Adina-Ioana Valean.
As declarações surgem em resposta ao eurodeputado galego, Francisco Millán Mon. "Apenas as infraestruturas que se possam concluir de forma realista até 2030, com todas as normas estabelecidas no regulamento RTE-T [inclui a eletrificação de toda a rede ou a possibilidade de utilizar comboios de 740 metros], foram propostas que façam parte da rede básica", refere a comissária dos Transportes. De acordo com Adina-Ioana Valean a ligação de alta velocidade Porto-Vigo "não tem nenhuma opção de cumprir todos os marcos e exigências técnicas".
Desta forma a ligação deverá ficar fora dos fundos destinados à primeira fase que deverá chegar aos 30 mil milhões de euros.