Numa visita ao antigo Liceu Alexandre Herculano, cuja reabertura estava prevista para este mês, o presidente da Câmara do Porto afirmou que, apesar dos contratempos na obra devido às "patologias" do edifício, "o importante" é que a escola abre no próximo ano letivo.
"Esta era uma velha pretensão (...) Vamos ter este liceu a funcionar", disse Rui Moreira, destacando o “valor patrimonial incrível" do equipamento.
Questionado sobre "o que falhou" para a escola não reabrir este mês, Rui Moreira disse ser ainda preciso lançar “um conjunto de contratações públicas” para a aquisição de mobiliário, bem como terminar alguns trabalhos no exterior da escola.
A par das contratações, o autarca disse também ser preciso envolvimento do Governo "com a sua parte no financiamento da obra", mas escusou-se a responder se tem “faltado ou falhado” envolvimento da tutela.
"O que é importante é que isto vai abrir, gostava de olhar para isto na positiva, não queria estar a acusar ninguém. É evidente que há muito boas vontades mas, às vezes, as boas vontades são limitadas pelos recursos disponíveis. Sabemos que o Ministério da Educação tinha poucos recursos para reabilitação de escolas, por isso mesmo o município veio a jogo", observou.
E acrescentou: "a cidade não perdoava que este equipamento continuasse ao abandono e a cair como estava".
Nos corredores da Alexandre Herculano, algumas fotografias refletem o "antes e depois" da obra, com as paredes brancas a substituírem-se às paredes manchadas de humidade, as novas caixilharias às antigas e fazendo esquecer os baldes que outrora eram espalhados pelos corredores porque chovia no seu interior.
"Vamos ter uma escola que responde a todas as necessidades de uma escola contemporânea", afirmou Rui Moreira, notando que, apesar de centenária, esta será "uma escola nova".
Também à margem da visita, o diretor do Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano, Manuel Lima, afirmou que a escola reúne agora "as condições de conforto exigíveis” para os alunos estudarem em “condições condignas".