Retirados os taipais, o Jardim Teófilo Braga revelou, no passado fim de semana, um espaço reabilitado, que procurou trazer de volta as origens históricas do antigo campo militar de 1909. Intervenção da GO Porto, num investimento de cerca de 1,3 milhões de euros, incluiu a plantação de mais de 13 mil arbustos e 200 árvores, aumentando a área dedicada aos espaços verdes, e mais áreas para descanso e permanência.
O projeto, da autoria de Teresa Portela Marques, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, teve como objetivo tornar o espaço mais atrativo, acessível e funcional.
Foram renovadas as redes de rega, drenagem e iluminação pública, e os antigos caminhos em areia foram substituídos por pavimentos em granito — em cubo e em laje — garantindo maior durabilidade, melhor acessibilidade e uma integração mais harmoniosa com o desenho histórico da Praça.
A intervenção incluiu, ainda, o reposicionamento das estátuas já existentes — como a escultura Baco, a estátua do General Pires Veloso e a do Padre Américo — e a reposição da escultura Rapto de Ganimedes, devolvida à Praça após anos no Jardim da Cordoaria. O espaço foi igualmente equipado com novo mobiliário urbano, incluindo papeleiras, bebedouros e bancos.
A Praça da República foi palco de exercícios militares – que influenciaram o traçado do espaço – , local onde se iniciaram revoltas, se afirmaram ideais políticos e se realizaram eventos públicos oficiais de dimensão nacional.
O legado histórico deste jardim público e as várias designações da praça ao longo dos anos estão ligados a acontecimentos políticos significativos que ali tiveram lugar: Campo de Santo Ovídio, 24 de Agosto de 1820, Revolução Liberal do Porto, Campo da Regeneração, 31 de Janeiro de 1891, República, 5 de Outubro de 1910, Jardim Teófilo Braga.
Fonte: CM Porto
Foto: CMP | Luís Moura, GO Porto