Devido a uma greve convocada pelo SMAQ (Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses), o Metro do Porto vai encerrar a sua operação mais cedo, esta segunda-feira, dia 30 de dezembro, até 1 de janeiro de 2025.
A Metro do Porto anunciou que vai encerrar a sua operação mais cedo esta segunda-feira, devido à greve convocada pelo Sindicato dos Maquinistas, que reclama do operador ViaPorto o pagamento do prémio anual de desempenho.
"Devido a uma greve convocada pelo SMAQ (Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses), o Metro do Porto vai encerrar a sua operação mais cedo, na próxima segunda-feira, dia 30 de dezembro, com as últimas partidas a registarem-se, em toda a rede, entre as 22h00 e as 23h00", pode ler-se num comunicado publicado este sábado pela transportadora no seu 'site' oficial.
Em nota de imprensa, “a Fertagus recusa-se a qualquer negociação com o legítimo representante dos seus Maquinistas, o SMAQ. É assim desde o início da sua operação. Para condicionar e amedrontar os seus trabalhadores, a Fertagus recorreu, inclusivamente, ao despedimento dos delegados sindicais, tendo estes posteriormente sido readmitidos por via judicial.
Após longos anos de insistência e luta do SMAQ e dos Maquinistas da Fertagus, as sucessivas tentativas de negociação sempre recusadas pela Fertagus, levaram a que tivesse sido imposta pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social (CES) uma Decisão Arbitral (DA), em 18 de dezembro de 2018, que regula minimamente as relações laborais da empresa. Em todo este processo a Fertagus recorreu a todas as estratégias e expedientes judiciais que protelaram no tempo a publicação da citada DA.
Esta DA, devido às mudanças no contexto operacional da empresa, e ao facto da concessão de que usufrui por parte do Estado ter vindo a ser sucessivamente prolongada, carece agora de atualização, preferencialmente através de negociação direta entre as partes que levasse à celebração de um Acordo de Empresa, como aliás recomenda o próprio Tribunal Arbitral na fundamentação da sua DA. No entanto, após abertura de nova tentativa de negociação pelo SMAQ, a Fertagus, agora acantonada na defesa da DA que sempre evitou, continua a recusar-se a qualquer negociação”.
Fonte: Sindicato dos Maquinistas
Foto: Metro do Porto