STCP vai pedir indemnização por prejuízos pelo encerramento do elétrico

Inativa desde 2021 devido às obras de construção da Linha Rosa do metro, a linha 22 do elétrico terá representado, nas contas de 2024 da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), um prejuízo estimado em mais de 750 mil euros, além de outros encargos. Por isso, e por proposta do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, os municípios associados foram unânimes na decisão de fazer um pedido formal de indemnização à Metro do Porto.
Citada pela agência Lusa, a STCP confirma que "a decisão foi justificada pelo impacto significativo que o encerramento da linha tem tido nas contas da empresa e, por consequência, nas obrigações de serviço público assumidas pelos acionistas".
A indemnização, aprovada em assembleia-geral de acionistas para aprovação das contas de 2024 da STCP, será pedida com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2024.
A transportadora acrescenta que "a linha 22 deveria ter retomado operação no final de 2023, segundo os prazos inicialmente definidos", mas a sua reabertura vem sendo "sucessivamente adiada", não havendo "nova data oficial" para voltar a operar.
O elétrico 22 faz a ligação entre o Carmo e a Batalha, com passagem pela Rua dos Clérigos e Praça da Liberdade, sendo nesta zona que se concentram as obras de construção da Linha Rosa do metro.
De acordo com os cálculos da STCP, a linha 22 representava cerca de 30% da faturação da operação de elétricos. A transportadora aponta, assim, para uma quebra de receita de cerca de 750 mil euros, a que se somam "encargos adicionais na ordem dos 240 mil euros com policiamento para que a linha possa operar parcialmente em contra sentido, resultando numa estimativa global de perdas próxima de um milhão de euros".

Fonte: CM Porto
Foto: CMP | Filipa Brito